segunda-feira, 22 de abril de 2013

Milhões de pessoas no Brasil e no mundo todo tem sofrido em consequencia da ganancia dos mega empresarios


Postagem sugerida por Amanda Soares de Brito

Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo


Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos. Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global. A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça. Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global. "A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."

Rede de controle econômico mundial

A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente. O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global. Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo. O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores. A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.

Poder econômico mundial

Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas. Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações. Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo. E isso não é tudo.

Super-entidade econômica

Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas. "Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder. E a maioria delas são bancos.
Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser. Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo. Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer. A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente. Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede. As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas 

Barclays plc 
Capital Group Companies Inc 
FMR Corporation 
AXA 
State Street Corporation 
JP Morgan Chase & Co 
Legal & General Group plc 
Vanguard Group Inc 
UBS AG 
Merrill Lynch & Co Inc 
Wellington Management Co LLP 
Deutsche Bank AG 
Franklin Resources Inc 
Credit Suisse Group 
Walton Enterprises LLC 
Bank of New York Mellon Corp 
Natixis 
Goldman Sachs Group Inc 
T Rowe Price Group Inc 
Legg Mason Inc 
Morgan Stanley 
Mitsubishi UFJ Financial Group Inc 
Northern Trust Corporation 
Société Générale 
Bank of America Corporation 
Lloyds TSB Group plc 
Invesco plc 
Allianz SE 29. TIAA 
Old Mutual Public Limited Company 
Aviva plc 
Schroders plc 
Dodge & Cox 
Lehman Brothers Holdings Inc* 
Sun Life Financial Inc 
Standard Life plc 
CNCE 
Nomura Holdings Inc 
The Depository Trust Company 
Massachusetts Mutual Life Insurance 
ING Groep NV 
Brandes Investment Partners LP 
Unicredito Italiano SPA 
Deposit Insurance Corporation of Japan 
Vereniging Aegon 
BNP Paribas 
Affiliated Managers Group Inc 
Resona Holdings Inc 
Capital Group International Inc 
China Petrochemical Group Company


domingo, 7 de abril de 2013

Sábado é dia de Reunião

 



Sábado, dia seis de abril, ás 14 horas, dia de reunião de militantes de Direitos Humanos de Londrina, o local foi na Fábrica Teatro do Oprimido.
A Pauta? Um pouco longa, foram quase 5 horas de reflexão sobre a vida em sociedade: Palestra do Promotor EDUARDO DINIZ NETO da Vara de Execuções Penais, responsável por Inquéritos Policiais e procedimentos administrativos de indiciados soltos e respectivos incidentes (exceto os inquéritos de competência da 1a Vara Criminal, GAECO e Promotorias Especializadas), relato da Comissão do Trabalho(Cleuza), finanças,curso para formação em direitos humanos (para o segundo semestre). homem jovem se apresenta, olhos azuis e brilhantes, tom suave, começa a exposição sobre o papel do Ministério Público, fala da história do ministério público e de sua vida pessoal, conta que ainda jovem( sua aparência é ainda de um menino) foi trabalhar no ministério e que sua trajetória e a do próprio órgão público se misturam. Explica que o Ministério Público é por destinação constitucional um instrumento de defesa daquilo que é inerente ao direito de todos os/as cidadãos(ãs) , por isso muitos doutrinadores o chamam de “defensor do povo”. É uma Instituição independente que cuida da proteção das liberdades civis e democráticas, buscando com sua ação assegurar e efetivar os direitos individuais e sociais indisponíveis, como sua missão constitucional que é o que está previsto no. art. 127, da Constituição Federal.
Dialogamos com o promotor sobre esta sociedade em que vivenciamos que, sob uma falácia separa boas e más pessoas e aí sofre devido a esta mesma lógica.
A sociedade é capitalista, tem múltiplas formas de violências, que vai desde o desemprego até o assassinato de um empresário.
Quem está dentro do sistema carcerário tem aqui fora amigos/as, namoradas, irmãos, irmãs, mães, pais, etc.
 E a sociedade não se organiza para ter uma defensoria pública efetiva ( advocacia paga pelo Estado para quem não tem dinheiro, que poderia ajudar na luta pela moradia, saúde, segurança, etc.) não se organiza suficientemente para cobrar direitos humanos básicos, como escola integral de qualidade, remédios nos postos de saúde, especialistas, programas de 1º emprego para a juventude, mas fala em redução da idade penal que se a mesma fosse solucionar estas formas de violências que ronda a vida cotidianamente e a ceifam de forma cruel como o aconteceu com um empresário em Londrina e envolvendo adolescentes. Esquecem esta sociedade que emprego, saúde, educação, segurança, etc são formas mais eficazes de diminuírem as possibilidades de envolvimento da população com a criminalidade, principalmente a juventude.
Informou-nos o promotor que de cada 10 pessoas que vão para o sistema carcerário, quando cumprem a pena, mais de 80% retornaram. A população carcerária no Paraná passa de 30 mil pessoas... Por quê? Somos todos maus, somos todos bons? Quem está dentro de uma cela é uma pessoa má, quem está fora é uma pessoa boa? Policiais, juízes, promotores, militantes de direitos humanos, senador, prefeitos, etc., são todos/as pessoas boas? Ou Más? Recentemente uma Federação de Direitos Humanos, presidida por um pastor evangélico que envolvido em processo com o ministério público concedeu um diploma de defensor de direitos humanos a um de seus colegas, que exibiu em rede nacional, uma pessoa que tem em público afirmado que mulher é um ser submissa ao marido, que o mesmo pode considerá-la posse, este mesmo senhor , agora diplomado em direitos humanos também afirmou que a população negra é amaldiçoada, ou seja, um ser de posturas racistas, machistas e também homofóbicas já que não considera a população LGBT pessoas normais.
Negamos-nos a aceitar a relação com os outros como ameaça inevitável.
Precisamos compreender que aquilo que nós mesmos criamos (família, Igreja, trabalho) muitas vezes fracassa como acolhedor, não traz o conforto e a satisfação que tanto necessitamos enquanto pessoas.
Entretanto, o entendimento da relação das pessoas com a cultura, com as leis e com os efeitos da culpa (crime) fundamenta qualquer proposta de reinserção social, já que não há como realizá-la sem o exercício da cidadania, que nada mais é do que essa complexa relação de direitos/deveres, ou seja, a relação com uma lei que ao mesmo tempo limita nossa satisfação e nos protege da satisfação do outro.
Porém é o conjunto da comunidade que regula, protegendo o um da força bruta do outro e vice-versa. A liberdade não é um bem da cultura, posto que o desenvolvimento cultural imponha restrições às pessoas individualmente, e aí entra a Justiça Legal para impor que ninguém escape dessa restrição.
A maioria dos conflitos humanos se dá pela busca de encontrar uma situação de satisfação para todos.
As pessoas encarceradas têm se comunicado através da organização de grupos e facções criminosas, e justificam suas organização pela diferentes formas de violências que ronda nossas vidas, a superlotação das cadeias, o não cumprimento de direitos fixados legalmente, dentre outros, desenham um quadro de forte crise do sistema penitenciário brasileiro do qual está inserido o sistema penitenciário paranaense.
Conversamos um pouquinho sobre a
Proposta de Emenda à Constituição nº 37 O projeto, conhecido como PEC da Impunidade, pretende tirar o poder de investigação criminal dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal, modificando a Constituição Brasileira. Na prática, se aprovada, a emenda praticamente inviabilizará investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações de direitos humanos.Ou seja, a sociedade, através de alguns grupos encontram saídas para manterem diversas formas de violências contra si mesma, como a corrupção e a violação de direitos humanos. Esta PEC 37 ao ser aprovada limita as ações do Ministério Público, em si mesma , viola o regime democrático, a cidadania e o Estado de Direito e pode impedir também que outros órgãos realizem investigações, como a Receita Federal, a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o TCU (Tribunal de Contas da União), as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), entre outros. Passamos a nossa tarde pensando e pensando, saíram alguns encaminhamentos, parte destes encaminhamentos, logo vocês leitores serão informados. E no final teve o parabéns ao companheiro Ranildo... com um bolo delicioso e salgadinhos, porque direitos humanos é também FAZER FESTA, É TAMBÉM SER FELIZ.
Fiquemos ainda com uma última reflexão: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. (Paulo Freire)