sábado, 7 de abril de 2012

VISITA AO ASSENTAMENTO DORCELINA FOLADOR/ARAPONGAS/PR






Hoje, dia sete de abril de 2012, militantes de direitos humanos estiveram no Assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas (PR), que tem 765 hectares, com 94 famílias assentadas.
Estão organizados em diferente setores, como educação , saúde,segurança etc. O setor da educação, por exemplo, em que a maioria dos assentados concluiu o ensino fundamental e médio através do supletivo instalado no assentamento.
Este benefício veio através da organização dos/as coordenadores/as da educação dos núcleos. Os/as filhos/as dos/as assentados que estão nos primeiros anos de estudos frequentam uma escola rural próxima ao assentamento, que pouco antes da chegada dos assentados estava para ser desativada dada a falta de alunos/as. Os/as filhos/as que estão no ensino médio ou mesmo trabalham ou fazem algum curso fora do assentamento fazem uso de um ônibus que diariamente e por várias vezes passa próximo ao assentamento indo até a cidade de Arapongas.
O setor da Saúde do assentamento Dorcelina Folador, (Aricanduva), também tem o primeiro médico originário do MST da região norte do Paraná. Celso Godói 32, formou-se em Medicina na Escola Latino Americana de Medicina, na cidade de Havana, na Província de Havana em Cuba, país de origem socialista que sofre boicote comercial pelos Estados Unidos há cerca 50 anos. A formação de médicos cubanos é baseada no atendimento social e humano, o que faz com que estes profissionais se identifiquem mais com o Serviço Público de Saúde e com o atendimento de pessoas carentes aqui no Brasil.
Representantes do Centro de Direitos Humanos de Londrina estiveram visitando a Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), onde se vê a a construção de uma unidade agroindustrial para beneficiamento de leite e derivados, com capacidade instalada para processar 50 mil litros/dia. O investimento servirá para estruturar a cadeia produtiva nos assentamentos de reforma agrária na área de atuação da cooperativa, que possui cerca de 700 famílias associadas.
Os recursos de R$ 8 milhões vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a industrialização de leite e seus derivados e assim objetiva integrar os assentamentos no mercado, com geração de emprego e aumento da renda no meio rural.
Vimos no assentamento que o trabalho é princípio educativo, que a melhoria de condições de vida de quem mora no campo e na cidade perpassa pela Reforma Agrária. Esteve conosco nesta visita a psicóloga Cleuza Ferreira e o professor Arnaldo Vicente ( membro do Conselho Estadual da Educação do Estado do Paraná).

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