CAPACITAÇÃO EM
DIREITOS HUMANOS
- O Centro de Direitos Humanos de Londrina está promovendo o Curso de Capacitação em Direitos Humanos:
Formando o Sujeito de Direitos da Região
Sul.
- Iniciado
em 17/08/2012, teve sua
abertura realizada pelo Coordenador Geral da Instituição CARLOS ENRIQUE SANTANA que, dando
início à programação, discorreu sobre o histórico dos Direitos Humanos no Brasil, como também seus
conceitos, tendo como base o texto (DIREITOS HUMANOS-Tudo a ver com a nossa Vida!) de Paulo Cezar Carbonari.
- No
sábado (18/08/2012), o Defensor
Público da União – CLAYTON DE SIQUEIRA
GOMES abordou o tema: A
defensoria Pública como Instrumento de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos,
Iniciou sua fala num processo dinâmico e
interativo com os participantes, culminando com esclarecimentos sobre o papel
da Defensoria Pública que é acolher o cidadão e a cidadã, quando tem seus direitos violados.
Qualificou o direito de acesso à justiça como
um direito prestacional exercido pelo
Poder Judiciário, o qual deve ser disponibilizado a todas as pessoas
hipossuficientes ou seja, que não possuem
condições de assumir os custos de um advogado, sem prejuízo de sua
subsistência. Os parâmetros para aferir a hipossuficiência são arbitrados por
cada Estado, através da renda familiar ou declaração de imposto de renda.
Na
sequência, abordou a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948), a qual é resultado de acordo realizado entre países para a promoção
da paz no mundo, redigida em conseqüência dos impactos gerados pelas
atrocidades ocorridas na segunda guerra mundial. Este documento é o primeiro
que expõe a todos os povos que o ser humano é portador de um direito natural - a
dignidade, simplesmente por ter nascido
humano, não importando a sua condição.
Em relação aos direitos da
pessoa humana, citou as dimensões do
lema da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), conquistada
através da Revolução Francesa, a saber:
·
Liberdade:
política (direitos) – agir sem interferência do Estado;
·
Igualdade:
direito prestacional – agir positivo do Estado em relação ao indivíduo. Eu
preciso que o Estado aja, me protegendo em relação à saúde, educação,
transporte etc.
·
Fraternidade –
que eu tenha qualidade de vida, mas os demais também tenham esta mesma
qualidade.
Abordou a Constituição Federal Brasileira (1988),
em especial os Artigos 5º ao 7º, como marcos que regulamentam os direitos dos
cidadãos e cidadãs brasileiros(as), a qual classifica o direito em três
dimensões: individuais, coletivas e sociais. Acrescentou que a Constituição,
além da relação que estabelece com o Estado, tem a mesma força normativa nas
relações entre os cidadãos e cidadãs.
No que se referem às formas de assistência
prestadas pela Defensoria Pública, esclareceu como sendo de orientação e postulação, as quais podem se situar tanto em âmbito
judicial, como administrativo. O trabalho de conciliação por meio da gestão de conflitos também é uma das
atividades exercidas pela Defensoria Pública. Pontuou que quando o indivíduo
não tem seus direitos resguardados em seu País, pode
buscar a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Finalizando sua exposição, esclareceu sobre
as competências de atuação dos seguintes órgãos:
- A Defensoria Pública da União: atua quando envolve órgão da administração pública federal, por exemplo: justiça eleitoral, do trabalho, etc. Representa o cidadão e a cidadã contra órgãos e entidades da União como o INSS, INCRA, etc.
- A Defensoria Pública do Estado: atua quando a lesão a direitos envolver estado x indivíduo ou dois particulares.
- Os Juizados Especiais Estaduais: atendem demandas particulares, enquanto os Juizados Especiais da Fazenda, atuam contra órgãos estatais.
O tema foi muito importante e esclarecedor de muitas
dúvidas dos participantes. O próximo
módulo será nos dias 24 e 25/08/2012 e
versará sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Aprendizes de Cidadania e a Perspectiva de uma
nova Sociedade).
Cleuza
Beluzo
Participante
do Curso
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