quinta-feira, 28 de junho de 2012

Convocatória

                    
        Convocamos aos coordenadores  de comissões do Centro de Direitos Humanos de Londrina para reunião ordinária.
Data:07 de Julho de 2012.
Horário:14:00 hs
Local:sede do CDH-Londrina
Endereço:Guararapes,191
pauta:
Informes
Defensorias Públicas (união) (estadual).
Presídios de Londrina.
Assembléia Nacional do MNDH.
Aumento de casos de racismo em Londrina.
Outros Assuntos.
*Gostaria de Lembrar aos nobres militantes que até cinco dias antes da reunião portanto se houver acréscimo de pauta ou alteração encaminhar para o e-mail:cdhlondrina@yahoo.com.br.
*Outra situação é a confraternização do final da reunião,levar bolos ou salgados e refrigerantes.



                           A Coordenação
 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

SOMOS TODOS/AS PARAGUAIOS/AS

SOMOS TODOS/AS PARAGUAIOS/AS Nós, militantes de direitos humanos do Movimento Nacional de Direitos Humanos, do Centro de Direitos Humanos de Londrina e militantes de movimentos sociais manifestamos repúdio ao Golpe de Estado deflagrado contra o presidente da República do Paraguai, Fernando Lugo, um país que tem em sua história o fato de ter sido a primeira República na América, sendo que hoje, 80% de suas terras são concentradas em apenas 2% da população paraguaia, dados do senso do censo de 2008 (último disponível) apontam que 703 sojicultores possuem propriedades com mais de mil hectares. Somadas, essas fazendas atingem 1,1 milhão de hectares, o que representa 48% do cultivo de soja do Paraguai e 35% de toda área cultivada do país. Em 2008, brasileiros eram responsáveis por 90% da soja produzida no Paraguai. Um país que tem 6,4 milhões habitantes, com cerca de 35% de pobres. Com Lugo no poder, a aligarquia paraguaia e brasileira se sentiu pressionada. Segundo o site Wikileaks em agosto de 2011, em um documento da embaixada norte-americana em Assunção havia o seguinte comunicado: “Persistem rumores de que Oviedo, hoje eleito senador e líder do partido Unace [União Nacional de Cidadãos Éticos], e o ‘desacreditado’ ex-presidente Nicanor Duarte Frutos estão trabalhando juntos para assumir o poder por vias (quase) legais caso o presidente Lugo caia nos próximos meses. Seus objetivos comuns: capitalizar qualquer erro de Lugo que resulte na quebra da aliança política no Congresso, submeter Lugo a um impeachment e assegurar a supremacia política.” Na nossa história de sul americanos/as , temos um avanço contínuo de governos à esquerda, eleitos nos últimos 15 anos na América do Sul, e mesmo na América Central, assim os setores conservadores (com apoio aparente dos seviços de inteligência dos EUA) estão atuando para derrubar o que consideram uma ameaça a ordem capitalista. Em 2002 tivemos um ataque ao governo de Hugo Chaves. Tivemos o golpe em Honduras, neste país, um presidente de origem conservadora, virara aliado tardio da esquerda bolivariana. Mas faltavam coesão e mobilização social à base de apoio de Zalaya. Foi dado o golpe, com aparência de legalidade, com o presidente tirado de pijama de casa, e deportado. E imediatamente o governo dos EUA “reconheceram” o novo governo e Honduras com o passar do tempo se constitui em um espaço de extrema violência, justificando a retomada do Estado pelas forças mais conservadoras. Lugo é acusado de não ter uma ação concreta no confronto entre militantes sem-terra e a polícia, há poucos dias, quando houve várias mortes, como se o presidente, e não a histórica concentração de terras no país vizinho, fosse o culpado pelos confrontos agrários e a instabilidade no campo. Lugo, um ex-bispo, acusado ao mesmo tempo de subversão e de traição ao princípio católico do celibato, parece ser o alvo perfeito para uma direita acuada na América do Sul. Nós, militantes de direitos humanos, e de movimentos sociais, nós latinos americanos/as conclamamos que sejam adotadas as medidas do artigo 5º do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul, Bolívia e Chile e no artigo 4 do Protocolo Adicional ao Tratado Constitutivo da Unasul sobre Compromisso com a Democracia Sabemos que o regime paraguaio não é parlamentarista, É um regime presidencialista e por este sistema, cabe ao povo escolher, de forma soberana, seus governantes. O Congresso tem autoridade para destituir um presidente mas isso só pode ser feito sem ferir a soberania do voto popular, não basta ter a maioria de votos em plenário. É preciso julgar o presidente, dar a chance de defesa, cobrar acusações precisas. Este é o espírito da coisa. Entretanto nem a Polícia foi ouvida para apurar as denúncias contra Lugo. A Justiça não examinou as queixas de sua defesa. O presidente da República do Paraguai, Sr. Fernando Armindo Lugo de Méndez, foi legitima e democraticamente eleito, a defesa de Lugo teve o tempo ridículo de duas horas para se manifestar contra acusações vagas, genéricas e imprecisas. Nenhuma das 5 “denúncias” de bolso de colete apresentadas contra Lugo foi demonstrada de forma irretorquível por seus adversários Mas em toda democracia e em um Estado de Direitos o devido processo legal e o direito à defesa constituem-se em pedras angulares do estado democrático de direito, sendo que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos dispõe que toda pessoa tem direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, para que se determinem seus direitos de qualquer natureza, incluindo o direito do acusado de dispor de tempo e dos meios adequados à preparação de sua defesa (artigo 8). A própria Constituição da República do Paraguai de 1992 afirma que o direito de defesa das pessoas é inviolável (artigo 16) e que toda pessoa tem a garantia dos direitos processuais, entre os quais se destacam os meios e prazos indispensáveis à preparação de sua defesa (artigo 17). Diante destes fatos de ameaças ao direito democrático, e grave afronta às consciências democráticas de todo o mundo, pois estes mesmo fatos contraria o espírito da constituição paraguaia e colide frontalmente com toda a arquitetura internacional de proteção aos direitos humanos, sendo que a ruptura da ordem democrática no Paraguai não um assunto interno somente deste país, estritamente circunscrito à sua soberania, mas uma grave ameaça a ordem institucional e política ao redor , porque afeta o processo de integração regional do Mercosul e da Unasul, bem como todas as democracias do subcontinente. Segundo o Protocolo de Ushuaia, firmado no âmbito do Mercosul e ratificado pela República do Paraguai, prevê, em seu artigo 5, sanções severas, entre as quais está incluída a suspensão do bloco, àqueles Membros que promoverem rupturas da ordem democrática, da mesma forma, que o Protocolo Adicional ao Tratado Constitutivo da Unasul sobre Compromisso com a Democracia também prevê, em seu artigo 4, a aplicação de sanções, que incluem a suspensão dos direitos e prerrogativas assegurados no referido tratado, aos Estados Partes que pratiquem ou ameacem pratica rupturas da ordem democrática. Preocupados/as com precedentes que ferem uma ordem democrática construída com o sangue de milhares de pessoas da América Latina na luta contra regimes ditatoriais,nós, homens e mulheres deste continente, da República Federativa do Brasil, REPUDIAMOS, com veemência,o golpe de Estado perpetrado contra a democracia da República do Paraguai e convidamos todos/as que lutam por um mundo melhor a estarem com a gente na luta contra toda a opressão e principalmente a dizerem NÂO ao golpe do Paraguai, pois somos todos Paraguaios/as.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Centro de Direitos Humanos de Londrina convida as pessoas e entidades que repudiam o golpe expresso na República del Paraguay, em Guarani Tetã Paraguái, para juntos discutirmos os caminhos da America Latina e a organização popular. 26/06/12 as 19h na Rua Guararapes 191 (sede da FTO e do CDH)



O Golpe de Estado no Paraguai e a América do Sul

Carlos Eduardo Martins (*) Para Carta Maior
Por que o golpe de Estado quando praticamente se encerra a experiência de um tímido governo popular, arriscando as relações do país com seus vizinhos regionais de quem depende tanto comercialmente e no plano energético? O golpe de Estado se estabelece no elo mais fraco da cadeia de governos progressistas da região e sinaliza que as velhas estruturas da dependência, que combinam as oligarquias locais com o imperialismo, estão vivas.

(...)

Duas hipóteses complementares despontam com força: 

a) O golpe tem a função de criar o ambiente de terror para impedir que as organizações populares e a Frente Guazu possam eleger um novo presidente com forte base parlamentar capaz de respaldar mobilizações populares e programas muito mais amplos. Para isso é fundamental destruir a TV Pública - oásis de informação num ambiente midiático dirigido pelos grandes proprietários donos de jornais e cadeias televisas – fraudar ou adiar as novas eleições; 

b) O golpe tem ainda o papel de modificar o tabuleiro geopolítico da região criando no Paraguai - em razão de sua localização territorial estratégica, disponibilidade de reservatórios de agua doce e de fontes energéticas que afetam principalmente ao Brasil, Argentina, ou proximidade das reservas de gás da Bolívia - uma fonte de contenção e desestabilização dos governos de esquerda e centro-esquerda da região. Tal projeto se articula fortemente com o imperialismo estadunidense e se consolida com a instalação de bases militares no país. Só este vínculo, combinado com o desespero da direita paraguaia poderia dar-lhe a força suficiente para confrontar vizinhos regionais muito mais poderosos. 

O golpe de Estado se estabelece no elo mais fraco da cadeia de governos progressistas da região e sinaliza que as velhas estruturas da dependência, que combinam as oligarquias locais com o imperialismo, estão vivas. Elas querem condenar nossos povos ao subdesenvolvimento, à pobreza e à extrema desigualdade de renda e riqueza, lançando-se contra qualquer processo democrático que não seja simulacro ou teatro de fantoches e proporcione avanços reais aos trabalhadores e às grandes maiorias. Será tarefa das lideranças políticas e do pensamento social ultrapassar estas barreiras na década que se inicia. 

(*) Prof. Adjunto e Chefe do Departamento de Ciência Política UFRJ, Doutor em Sociologia (USP), Autor de globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina (Boitempo 2011)

sexta-feira, 22 de junho de 2012



SEMINÁRIO SOBRE TRABALHO E EMPREGO DECENTE É REALIZADO EM LONDRINA

            A Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária (SETS) promoveu Seminário em 31/05/2012 para debater temas relativos ao trabalho decente.

                    Como obstáculos a serem superados, o evento trouxe para o debate, entre outros assuntos, a condição de desigualdade que a mulher ainda enfrenta na sociedade para conciliar o mercado de trabalho com os compromissos domésticos e familiares. Recebe também, remuneração menor que a dos homens para realizar atividades semelhantes.

                    O acesso ao mundo do trabalho e ao tratamento igualitário é a via onde se materializam a inclusão e a justiça social.  Na perspectiva dos direitos humanos, o trabalho decente é entendido como um tema de desenvolvimento social e econômico. Neste sentido, além da inclusão social, deve-se também buscar a eficiência econômica de uma nação, onde se inclui a proteção social ampla e a qualificação profissional, e, sobretudo que a riqueza econômica produzida seja objeto de justa distribuição.

  • Sobre a capacitação profissional, o Governo Federal instituíu em 2011 o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), para ampliar a oferta de educação profissional aos brasileiros e às brasileiras por meio de uma série de subprogramas, ações e projetos.
  • No que se refere à proteção social, como bem disse um dos palestrantes do evento: “o mundo do trabalho que nos traz saúde, dignidade, conforto, comida na mesa, nos traz também acidentes e doenças ocupacionais”. Esta fala vem mais uma vez denunciar que o mundo do trabalho tem sido cruel em relação à saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras.
                  Na sequência das atividades e, já que estamos falando em Saúde do Trabalhador, com base em mapeamento situacional prévio, foram apresentados os pontos de fragilidades nas condições e organização do trabalho das Agências do Trabalhador da rede que compõe a Macro-Regional de Londrina, em relação a:

• Infraestrutura física;

• Estrutura programática;

• Quadro funcional;

• Controle Social (Conselho Municipal do Trabalho); 

                 Este mapeamento irá subsidiar negociações com os prefeitos das cidades que compõem a Macro Regional-Londrina.

                A segunda parte do evento se concentrou na coleta de propostas a serem encaminhadas aos órgãos competentes, são elas:

  • Promover a integração entre os Conselhos Municipal e Estadual do Trabalho;
  • Criar espaço (agenda) para encontro de discussão junto ao conselho Estadual do Trabalho pelo menos 2 vezes ao ano;
  • Promover qualificação para os conselheiros;
  •  Promover estrutura para cursos online;
  •  Melhorar estrutura tecnológica das agências do trabalhador;
  •  Promover Integração entre Ministério do Trabalho e Emprego e Secretarias de Educação e Assistência Social;
  •  Fiscalizar a atuação de médicos do trabalho nas empresas;
  • Promover discussões sobre uma maior profundidade nos exames admissionais;
  • Discutir sobre as discrepâncias em relação aos termos anotados nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e o que prevê o Código Brasileiro de Ocupações (CBO);
  •  Fiscalizar o cumprimento da legislação, no que se referem às cotas para portadores de necessidades especiais, bem como sobre as capacitações para este público;
  •  Discutir sobre a desvantagem que os empregados e empregadas domésticos(as) possuem em  relação a trabalhadores e trabalhadoras de outras categorias, no que se referem aos pré-requisitos para aquisição de direito ao seguro desemprego.

Cleuza Beluzo

Psicóloga do Trabalho – CRP/PR 4524
Comissão do Trabalho do CDH - Londrina

DECLARAÇÃO FINAL

DECLARAÇÃO FINAL CÚPULA DOS POVOS NA RIO+20 POR JUSTIÇA SOCIAL E AMBIENTAL EM DEFESA DOS BENS COMUNS, CONTRA A MERCANTILIZAÇÃO DA VIDA Movimentos sociais e populares, sindicatos, povos e organizações da sociedade civil de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, vivenciaram nos acampamentos, nas mobilizações massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas, conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas, novos paradigmas de sociedade. A Cúpula dos Povos é o momento simbólico de um novo ciclo na trajetória de lutas globais que produz novas convergências entre movimentos de mulheres, indígenas, negros, juventudes, agricultores/as familiares e camponeses, trabalhadore/as, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, lutadores pelo direito a cidade, e religiões de todo o mundo. As assembléias, mobilizações e a grande Marcha dos Povos foram os momentos de expressão máxima destas convergências. As instituições financeiras multilaterais, as coalizões a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20, a captura corporativa da ONU e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferência oficial. Em constraste a isso, a vitalidade e a força das mobilizações e dos debates na Cúpula dos Povos fortaleceram a nossa convicção de que só o povo organizado e mobilizado pode libertar o mundo do controle das corporações e do capital financeiro. Há vinte anos o Fórum Global, também realizado no Aterro do Flamengo, denunciou os riscos que a humanidade e a natureza corriam com a privatização e o neoliberalismo. Hoje afirmamos que, além de confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos direitos humanos já reconhecidos. A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a natureza, sequestrando os bens comuns da humanidade para salvar o sistema economico-financeiro. As múltiplas vozes e forças que convergem em torno da Cúpula dos Povos denunciam a verdadeira causa estrutural da crise global: o sistema capitalista associado ao patriarcado, ao racismo e à homofobia. As corporações transnacionais continuam cometendo seus crimes com a sistemática violação dos direitos dos povos e da natureza com total impunidade. Da mesma forma, avançam seus interesses através da militarização, da criminalização dos modos de vida dos povos e dos movimentos sociais promovendo a desterritorialização no campo e na cidade. Avança sobre os territórios e os ombros dos trabalhadores/as do sul e do norte. Existe uma dívida ambiental histórica que afeta majoritariamente os povos do sul do mundo que deve ser assumida pelos países altamente industrializados que causaram a atual crise do planeta. O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitario sobre os recursos naturais e serviços estratégicos, que continuam sendo privatizados, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessários à sobrevivencia. A atual fase financeira do capitalismo se expressa através da chamada economia verde e de velhos e novos mecanismos, tais como o aprofundamento do endividamento público-privado, o super-estímulo ao consumo, a apropriação e concentração das novas tecnologias, os mercados de carbono e biodiversidade, a grilagem e estrangeirização de terras e as parcerias público-privadas, entre outros. As alternativas estão em nossos povos, nossa história, nossos costumes, conhecimentos, práticas e sistemas produtivos, que devemos manter, revalorizar e ganhar escala como projeto contra-hegemônico e transformador. A defesa dos espaços públicos nas cidades, com gestão democrática e participação popular, a economía cooperativa e solidária, a soberania alimentar, um novo paradigma de produção, distribuição e consumo, a mudança da matriz energética, são exemplos de alternativas reais frente ao atual sistema agro-urbano-industrial. A defesa dos bens comuns passa pela garantia de uma série de direitos humanos e da natureza, pela solidariedade e respeito às cosmovisões e crenças dos diferentes povos, como, por exemplo, a defesa do “Bem Viver” como forma de existir em harmonia com a natureza, o que pressupõe uma transição justa a ser construída com os trabalhadores/as e povos. A construção da transição justa supõe a liberdade de organização e o direito a contratação coletiva e políticas públicas que garantam formas de empregos decentes. Reafirmamos a urgência da distribuição de riqueza e da renda, do combate ao racismo e ao etnocídio, da garantia do direito a terra e território, do direito à cidade, ao meio ambiente e à água, à educação, a cultura, a liberdade de expressão e democratização dos meios de comunicação, e à saúde sexual e reprodutiva das mulheres. fortalecimento de diversas economias locais e dos direitos territoriais garantem a construção comunitária de economias mais vibrantes. Estas economias locais proporcionam meios de vida sustentáveis locais, a solidariedade comunitária, componentes vitais da resiliência dos ecossistemas. A maior riqueza é a diversidade da natureza e sua diversidade cultural associada e as que estão intimamente relacionadas. Os povos querem determinar para que e para quem se destinam os bens comuns e energéticos, além de assumir o controle popular e democrático de sua produção. Um novo modelo enérgico está baseado em energias renováveis descentralizadas e que garanta energia para a população e não para corporações. A transformação social exige convergências de ações, articulações e agendas comuns a partir das resistências e proposições necessárias que estamos disputando em todos os cantos do planeta. A Cúpula dos Povos na Rio+20 nos encoraja para seguir em frente nas nossas lutas. Rio de Janeiro, 15 a 22 de junho de 2012. Comitê Facilitador da Sociedade Civil na Rio+20 - Cúpula dos Povos

sexta-feira, 15 de junho de 2012



O Instituto GRPCOM proferiu palestra no Auditório da FIESP em Londrina sobre o Tema:
 A Importância do Planejamento Estratégico para a Gestão do 3º Setor


O que é o Instituto GRPCOM?
  • É um Projeto Social que se sustenta através de parcerias para apoiar organizações do 3º Setor.

Qual o seu objetivo?
  • Contribuir para a profissionalização e sustentabilidade de organizações do 3º Setor que promovem a defesa dos direitos e da valorização humana,  pautados no exercício da cidadania.
Serviços Oferecidos
  • Gestão: planejamento estratégico, apoio contábil-financeiro, gestão de voluntários, avaliação e monitoramento, apoio jurídico, gestão de pessoas,  organização de eventos e elaboração de projetos (orientações sobre as diferentes metodologias de elaboração, gerenciamento, execução, monitoramento e controle de projetos). 
  • Comunicação:  planejamento estratégico, campanha de divulgação, traduções, criação de site institucional, identidade visual e  mídia training (prepara representantes institucionais para conceder entrevistas para veículos de comunicação, além de orientar sobre a construção e uso de diferentes mídias (sites, blogs, mídias sociais).
Para usufruir destes serviços a instituição precisa efetuar seu cadastro, através dos contatos abaixo:
 Email: serviçosecidadania@grpcom.com.br
 Fone: (43) 3377-3435

Cleuza Beluzo
Psicóloga do Trabalho - CRP/PR 4524
Coord. da Comissão do Trabalho - CDH - Londrina/PR
               



No dia 04 de Junho de 2012, membros do CDH-Londrina, acompanharam a Comissão de Direitos Humanos da OAB-Londrina, na oitiva do relato de um cidadão londrinense,  que sofreu agressão física e moral em abordagem  realizada por policiais militares, ocorrida em 12/05/2012, por volta das dezoito horas, na Avenida Europa em Londrina.

Embora se saiba que conteúdos visando o desenvolvimento humano e social, façam parte da formação desses profissionais, questionou-se na reunião, se esta capacitação vem sendo realizada de forma continuada ou não, uma vez que  a violência expressada pelos profissionais na  referida abordagem, demonstrou a falta de internalização de conceitos que embasam posturas socialmente adequadas para o trato com os cidadãos e cidadãs.

Como encaminhamento, o cidadão foi orientado pela Comissão a providenciar cópia da denúncia realizada ao 5º Batalhão da Polícia Militar de Londrina, como também do Exame de Corpo de Delito realizado em 15/05 pelo Instituto Médico Legal – IML. Estes documentos serão anexados ao ofício que será encaminhado à Polícia Militar, solicitando providências em relação ao fato. 

Cleuza Beluzo - Psicóloga do Trabalho (CRP/PR 4424)
Coordenadora da Comissão do Trabalho CDH- Londrina

Ranildo de Lima Ferreira
Diretor Financeiro

sábado, 9 de junho de 2012

XVII Encontro Nacional do MNDH


Está acontecendo desde o dia 7 de junho, até o dia 10, o XVII Encontro Nacional do MNDH, que completa 30 anos na construção dos Direitos Humanos. Este ano está sendo sediado em São Bernardo do Campo, São Paulo, no Cenforpe Ruth Cardoso, sito à Av. Dom Jaime de Barros Câmara, no. 201. Ontem dia 08 de junho foram realizados painéis sobre as temáticas "30 anos na luta pelos Direitos Humanos" e "A perspectiva futura dos Direitos Humanos", com a presença de militantes ilustres, como: Pedro Wilson, Fundador do MNDH, Pe. Julio Lancelotti, Paulo Carbonari, Maria Vitória Benevides e Maria Estela Santos Graciano. Ainda foram discutidos diversos grupos temáticos, que serão apresentados na data de hoje, com algumas deliberações, juntamente com a eleição da nova coordenação do MNDH..

Amanhã dia 10 de junho o evento chegará ao final com a escolha e posse do novo Conselho e da nova Coordenação do MNDH Nacional.

Eva dos Santos Coelho
Coordenadora Estadual do MNDH, Paraná.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Marcha das Vadias Londrina

marcha das vadias é uma manifestação mundial, nascida em Toronto-Canadá no ano de 2011 após uma série de estupros ocorridos na Universidade de Toronto. Entretanto, o estopim foi o comentário de um policial: “as mulheres poderiam evitar um estupro se não se vestisse como uma vadia”. A marcha luta contra a tolerância de crimes sexuais cometidos contra o gênero feminino, uma vez que esses são muitas vezes justificados pelas atitudes da vítima.  
Nesse sentido, Londrina fará a primeira edição que ocorrerá no dia 02 de junho, às 12 horas, em frente as lojas pernambucanas. Compartilhando a questão central da marcha mundial, focamos a criminalização dos violadores e repudiamos qualquer julgamento à vítima. Também defendemos o respeito à individualidade feminina, comportamento, liberdade para exercer sua sexualidade e o direito sobre decidir sobre o próprio corpo. Protestamos contra a utilização do corpo da mulher como mera mercadoria (expressa em diversos veículos de comunicação) e para questionar um padrão de beleza veiculado por esses veículos, subjugando outras expressões de beleza. Exigimos uma atuação mais comprometida, profissionalizada, humanizada no atendimento a mulher e o funcionamento de 24 horas por parte da delegacia da mulher e a efetivação da lei “Maria da Penha”. Além disso, lutamos por um Estado Laico e pela emancipação humana.
A marcha de Londrina, é apartidária e possui extrema relevância, pois possibilitará que toda a sociedade londrinense tenha acesso a questionamentos e à reflexão de uma sociedade conservadora, machista e patriarcal na qual vivemos, onde dita como a mulher deve se comportar.
Marcha das Vadias Londrina
Ana Sardinha.