O governador Roberto Requião abriu a Escola de Governo nesta terça-feira (2) para o protesto das tribos indígenas paranaenses contra o decreto do governo federal, que prevê a extinção dos escritórios regionais da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Estado. Na semana passada, alguns índios chegaram a falar em derrubar torres de energia elétrica e promover outras invasóes e depredações.
“Não tem cabimento o fechamento da Funai no Paraná, como também não tem cabimento o Paraná estar sendo penalizado pela Secretaria do Tesouro para pagar o que não deve ao banco Itaú. Isso demonstra que o governo federal não tem compromisso com as classes populares, com os Estados e com o nosso povo”, afirmou Requião.
O governador ressaltou que, há 90 dias, tenta conseguir uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar de outros assuntos referentes ao Estado e não obtém resposta. “Mais de 20 mil índios vivem no Paraná, enquanto 1.500 residem em Santa Catarina. É um absurdo essa situação e, infelizmente, não consigo uma audiência com o Lula para tratar dessa e de outras questões que prejudicam o Paraná”, disse.
Mobilização
"Índios de todo o Brasil foram prejudicados com essa mudança da Funai. Estamos realizando protestos em Curitiba, Londrina e Brasília. Se não nos ouvirem, vamos tomar atitudes mais drásticas”, afirmou o cacique Valdir Kokoj, da tribo caingangue de Mangueirinha, em Guarapuava.
"Índios de todo o Brasil foram prejudicados com essa mudança da Funai. Estamos realizando protestos em Curitiba, Londrina e Brasília. Se não nos ouvirem, vamos tomar atitudes mais drásticas”, afirmou o cacique Valdir Kokoj, da tribo caingangue de Mangueirinha, em Guarapuava.
O cacique ressaltou que os índios não são contra a reformulação da Funai, mas a maneira como ela foi feita não agradou. “Não podiam reformular a Funai sem falar conosco. Queremos a revogação deste decreto, a saída do presidente Marcio Meira e principalmente, participar da discussão das mudanças na Funai”, afirmou.
"Essa reestruturação da Funai, que não leva em conta os principais envolvidos”, disse Nizan Pereira, secretário de Assuntos Estratégicos.
Desde 12 de janeiro, representantes das comunidades indígenas realizam protestos em diversos Estados, contra o decreto 7.056, assinado pelo presidente do Brasil, em 28 de dezembro. No Paraná, o decreto prevê a extinção dos escritórios regionais. Com isso, os mais de 20 mil índios que vivem no Estado passam a ser subordinados a escritórios da Funai de Florianópolis e Chapecó, em Santa Catarina.
Em Londrina
Uma manifestação de um grupo de índios caingangue, guarani e xetá atraiu as atenções no Calçadão de Londrina no final da manhã desta terça-feira (2). Alinhados em frente à entrada da agência central do Banco do Brasil, os índios voltaram a protestar contra a decisão da Fundação Nacional do Índio (Funai) de fechar os escritórios regionais no Paraná.
Pintados e alguns deles vestidos à caráter, os manifestantes fizeram uma "dança de guerra" bem em frente à entrada do Banco do Brasil.
Fonte: EA Notícias e Agencia Londrix
Postado por Roberto sales (gil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário