sábado, 28 de agosto de 2010

Festa da Reforma Agrária










Festa da Reforma Agrária
Ao longe, as bandeirinhas vermelhas, a estradinha de terra, a poeira que levantava, as pessoas que caminhavam ao logo da estrada. Estávamos chegando na ex-fazenda Guairacá -Pininga, com área de 7.300 hectares, historicamente reivindicada para terra de Reforma Agrária por trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra.
Esta fazenda fica no município de Londrina, distrito de Lerroville. Hoje é dia de festa, dia 28 de agosto de 2010, Agora esta área faz parte do programa Nacional de Reforma Agrária, assentando diretamente mais de 600 famílias acampadas. O local recebe o nome de um guerreiro da luta do povo . Eli Dallemole, camponês sem terra e membro fundador do MST, foi assentado no Assentamento Libertação Camponesa, município de Ortigueira-PR. O mesmo foi executado dentro da sua casa, por milícias do latifúndio.
Estiveram presentes aproximadamente 2000 pessoas, representantes do Parlamento municipal, estadual e nacional. Vários(as) candidatos (as) estiveram presentes, representantes de movimentos sociais também. Esta foi uma conquista da classe trabalhadora , fortalece a luta pela Reforma Agrária, potencializa a produção de alimentos sem agrotóxicos, e diminui a desigualdade social em território brasileiro.
Mandioca, salada de tomate, carne de porco, pão feito em casa eram alguns alimentos que foram servidos na festa da reforma agrária. Tudo feito por mãos de homens e mulheres que enfrentaram o poder do latifúndio, muitos (as) enfrentaram o frio nas noites de inverno, enfrentaram a chuva , dias e dias debaixo da lona preta. Algumas destas pessoas passaram por problemas respiratórios, suas crianças nem sempre tiveram acesso a escola. Mas uma luta de mais de 10 anos deu resultado, antes a falta da comida, agora podem nos oferecer suculenta mandioca, pão com gosto de quero mais e principalmente a certeza que na luta a vida muda, a esperança que é possível mudar um contexto histórico se houver persistência, ações concretas, e muita solidariedade na luta dos as trabalhadores/as.
A terra nas mãos do latifúndio gera morte, nas mãos de trabalhadores/as gera vida! Vida, direito humano inalienável, e onde tem a defesa da vida, está o Centro de Direitos Humanos de Londrina.

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