A situação de pessoas em situação de extrema pobreza e de moradia nas ruas tanto de Londrina como nas demais cidades do Brasil e do mundo,requer uma grande atenção não somente por parte das autoridades, mas também da sociedade civil.
Evitando-se o aumento de situações de extrema pobreza e exclusão na sociedade, o problema em questão requer grande mobilização no sentido de melhorar as condições de vida dessas pessoas que sem possibilidades financeiras e sem a companhia de familiares e amigos - passam a perambular pelas ruas sem um porto seguro para sua sobrevivência.
O sofrimento mental vivenciado por essas pessoas torna cidadãos de uma hora para outra moradores de rua. As mudanças no seu ritmo de vida, perda de pessoas de imenso afeto, politicas públicas de moradia ineficazes, enfim, inúmeras causas que originam um sofrimento imensurável e que levam o ser humano a se tornar um morador de rua, e que na grande maioria das situações, não é da vontade do mesmo.
Situações como o uso de drogas também são grandes transformadores de cidadania levando o cidadão para a exclusão social e, a partir daí, o processo de perda de contato com seus familiares e o afastamento de amigos, vai jogando este cidadão para as ruas.
O morador de rua normalmente já está nesta situação contra sua vontade e por algum motivo que o levou à exclusão da sociedade em que esteve inserido, transformando toda sua vida social levando a perda de identidade.
Excluí-los da sociedade e trata-los com preconceito somente aumenta o problema, transformando-os em seres sem lar e sem um porto seguro. Por isto cabe às autoridades e à sociedade civil dar oportunidade de atrair este cidadão para situações de socialização com a perspectiva de inseri-lo na sociedade, sem preconceitos. Para isto um outro paradigma econômico e social tem que ser formado, pois o fortalecimento do sistema capitalista, excludente como é em sua essência, somente vai propiciar o aumento de cidadãos excluídos.
Carlos E. Santana
Roger S. Trigueiros
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